Info Numismática Brasil

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Informação, compra, venda e troca de moedas, cédulas, medalhas antigas e atuais.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

As 16 moedas lançadas em razão das Olimpíadas valem quanto?

junho 22, 2017
As 16 moedas lançadas em razão das Olimpíadas valem quanto?

Fonte: Banco Central

É notadamente visível, a enxurrada de anúncios disponíveis que oferecem para venda as moedas lançadas em razão das Olimpíadas.

Em plataformas de vendas como Mercado Livre e OLX, e também em grupos de vendas no Facebook são encontradas entre os valores de 10 a 100 (😱) reais a unidade.

Essas moedas possuem sim valor de mercado, mas isso vai depender muito das condições da mesma e se está contida em um blister ou avulsa. Para colecionadores, essas 16 moedas pegas avulsas no troco cotidiano, valem a incrível quantia de... 1 real, exatamente isso, 1 real. Observe a tiragem/ fabricação destas moedas, cada uma com 20 MILHÕES DE EXEMPLARES, para a numismática isso já demonstra a facilidade de se encontrar essas peças, eu mesmo devo ter umas 5 modalidades ali na cozinha no potinho que coloco troco do pão... Soma-se a isso o fato de serem moedas contemporâneas (acabaram de ser lançadas) e a quantidade de anúncios das mesmas (muita oferta), obviamente o preço de mercado será o mesmo valor de face, 1 real.

Como disse acima, elas tem valor de mercado, colecionadores buscam peças o mais próximas possíveis ao estado Flor de Cunho, e estas moedas neste estado, retiradas do saquinho que as continham quando saíram do banco, diretamente para os álbuns de colecionadores, podem ser negociadas (informação baseada no mercado atual e oferta e procura) entre 5 e 10 reais. Caso você não seja tão exigente e não tiver pressa, pode aguardar que daqui a pouco as 14 modalidades e os 2 mascotes aparecem no seu troco num estado de conservação considerado bom (Soberba), para assim irem para sua coleção.

Existem casos onde o vendedor disponibiliza as 16 moedas juntas em um único pacote, e já em uma cartela, isso agrega valor e levando em consideração o valor unitário, essas cartelas podem ser comercializas entre 120 e 180 reais. Pois lhe economiza o tempo da procura e ainda vão em um expositor.

Já no caso dos blisters, como sua tiragem é de 200 mil, as tornam mais valorizadas. Tiveram o preço de saída em 13 reais e hoje se encontram esgotadas. Nas mãos de revendedores podem ser encontradas entre 25 e 35 reais, levando em consideração que a moeda contida nela é Flor de Cunho, o que eleva seu valor.

Para que qualquer uma destas moedas tenham seu valor aumentado, contaria somente o fato de apresentarem alguma anomalia oriunda do processo de fabricação, boné por exemplo, assim elas entrando no campo de anomalias seu valor pode mais que triplicar.
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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cruz de Cristo (1 Cruzado Novo).

junho 21, 2017
Cruz de Cristo (1 Cruzado Novo).
Reverso e Anverso - Reprodução Internet
  

  Conhecida por alguns, desconhecida por muitos, esta moeda figura no imaginário de muitos colecionadores que visam uma peça verdadeiramente rara em seu acervo.
  Com tiragem e gravador desconhecidos, se tem conhecimento de pelo menos 15 peças em coleções espalhadas pelo mundo, muitas hipóteses foram levantadas sobre sua origem e destino, e algumas se firmaram ao longo do tempo. A principal é que esta moeda nunca chegou a circular devido a hiper-inflação existente na época (1990), onde o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzado Novo o que fez seu poder de compra cair muito. Assim antes mesmo de serem postas em circulação, foram destruídas. Comenta-se que foram levadas à Siderúrgica Acesita para refundição em aço inox.
  As peças que resistiram a este episódio, foram "salvas" por funcionários da Casa da Moeda, como lembrança ou souvenir, e algumas ainda podem estar perdidas em alguma gaveta ou canto mofado por aí, o que torna a procura ainda viva em busca desta raridade.
  Também foi cogitada ser apenas um ensaio, tese defendida por alguns numismatas. Pois sendo vista como uma moeda que nunca circulou, se traria mais notoriedade a mesma e consequentemente mais valor.
  Alguns catálogos precificam esta peça na casa dos 4 mil reais, então acredito que vale bem a busca. Desta forma, na próxima vez que se depararem com alguns kilos de moedas inox, não as menosprezem, vale a pena dar uma olhada com mais calma pois se pode estar deixando passar uma magnífica parte da história da moeda de nosso país.

Descrição:
1 Cruzado Novo - NCz$ (Cruz de Cristo)
Casa da Moeda: Rio de Janeiro
Sem letra monetária
Composição: Aço inoxidável
Ø: 19,50 mm
Peso: 2,83 gr.
Bordo liso
Anverso: Cruz de Cristo sobre mapa do Brasil e data.
Reverso: Valor, dístico Brasil e o Cruzeiro do Sul.
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segunda-feira, 19 de junho de 2017

As moedas de Real "realmente valiosas".

junho 19, 2017
As moedas de Real "realmente valiosas".

   Muito se especula sobre as moedas do nosso meio circulante que possuem valores realmente expressivos no meio numismático. Com a "popularização" do colecionismo em especial a numismática em razão das moedas olímpicas, muito se lê sobre o assunto mas na maioria das vezes são informações realmente exageradas sobre os valores.

   Nenhuma das moedas de Real atuais irá deixar seu possuidor rico e nem com milhares de lucro, mas podem valer sim uma boa quantia principalmente em relação ao valor de face da moeda e seu real valor para a numismática.

   No exemplos a seguir destacarei as moedas que possuem maior valor no momento atual, pela sua escassez ou lei de "oferta e procura", os valores especificados são os mais próximos praticados no mercado.

Porém existem outras moedas que tem seu valor elevado por pouca tiragem e estado de conservação superior (Flor de Cunho/FC), mas valores não muito expressivos para quem busca saber quais são realmente procuradas por colecionadores.


1 Real 1998 (Direitos Humanos)

Anverso e reverso.
Feitas em homenagem ao cinquentenário da ‘Declaração Universal dos Direitos Humanos’, elas são as mais raras e caras de todas as moedas do Real, e portanto, as mais valorizadas entre os colecionadores. Foram apenas 600 mil exemplares produzidos, e por isso, o preço pode variar entre R$ 90,00 ~ R$ 200,00, dependendo de seu estado de 
conservação.


1 Real 2012 (Bandeira Olímpica)

Anverso e reverso.
No encerramento dos Jogos Olímpicos Londres 2012, a Bandeira Olímpica foi oficialmente entregue à cidade do Rio de Janeiro, em cerimônia que marcou o início da contagem regressiva para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Com o objetivo de divulgar e registrar o evento, o Banco Central do Brasil lançou moedas comemorativas de circulação comum. A tiragem foi de 2.016.000 exemplares e hoje podem ser negociadas em torno de R$ 60,00 ~ R$ 100,00 dependendo de sua conservação.

50 centavos 2012 (Sem o número "0")

50 centavos sem o "zero".
Por um erro de produção, um lote de moedas de 50 centavos foi cunhada com valor facial de 5 centavos. Pouco tempo depois o BC identificou o erro. 
A produção foi interrompida fazendo com que a tiragem desta anomalia fosse baixa (especula-se 40 mil, porém acredita-se que mais da metade tenha sido recolhida para destruição). Hoje são negociadas em torno de R$ 400,00 ~ R$ 600,00.

25 e 10 centavos 1995 (FAO)

Anverso e reverso.

Anverso e reverso.
Em 1995, 1 milhão de moedas com essa ilustração em homenagem à FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, foram colocadas em circulação. Apesar de parecer um grande número, a quantidade de moedas normais que saíram nesse ano foi bem superior, cerca de 239 milhões, o que já torna essas moedas raras. Hoje estão sendo negociadas entre R$ 30,00 ~ R$ 50,00 dependendo de sua conservação.

Moedas com "boné"

Cunho descentralizado.
Essa anomalia pode ser encontrada em todos os tipos de moedas, de anos, valores e épocas diferentes. É identificado pela descentralização da moeda, "fugindo" para algum dos lados do disco, imitando a aba de um boné. São procuradas por colecionadores de anomalias. Dependendo de "quão bonito" for o boné o valor pode iniciar em R$ 30,00, não sendo possível especificar o valor máximo, pois geralmente são peças únicas e por serem procuradas por um público mais específico o valor máximo vai mais da vontade do comprador em ter a peça. 
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sábado, 10 de junho de 2017

Cédula Comemorativa dos 500 Anos do Descobrimento (R$ 10,00).

junho 10, 2017
Cédula Comemorativa dos 500 Anos do Descobrimento (R$ 10,00).
   
   Impressa pela Casa da Moeda do Brasil, a cédula foi projetada por Tereza Regina Barja Fidalgo, com trabalho gráfico de Marise Ferreira da Silva, em parceria com técnicos do Departamento do Meio Circulante do Banco Central do Brasil. As gravuras manuais, feitas por Mário Dittz Chaves e Cláudia Lopes Tolentino, foram baseadas em fotografias de Bruno Alves/Reflexo, Luiz Cavalcanti Damasceno, João Américo Peret e Nízio Fernandes.


Anverso
Anverso:
Contém a efígie de Pedro Álvares Cabral, navegador português que descobriu o Brasil em 22 de abril de 1500; o mapa "Terra Brasilis", uma das primeiras representações da nova terra; um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro documento a descrever características do lugar e da sua gente; e uma rosa dos ventos, instrumento de navegação extraído da cartografia portuguesa do século XVI. À direita do mapa, estão representadas, também, cinco naus da expedição de Cabral. Ao fundo, encontra-se composição de elementos decorativos de azulejos portugueses, linhas sinuosas e representações da Cruz da Ordem de Cristo, símbolo presente nas embarcações portuguesas da época.



Reverso
Reverso:
Contém uma versão estilizada do mapa do Brasil, formada por quadros, alguns deles contendo fisionomias típicas do povo brasileiro (índio, branco, negro e mestiço), retratando uma característica marcante do Brasil contemporâneo: a pluralidade étnica e cultural.






Alterações das características - Novembro/2000
Conforme o Comunicado N. 008016, de 22.11.2000, a partir da série A 0587 foram feitas as seguintes alterações na cédula comemorativa:





  • - inscrição do nome de Pedro Álvares Cabral por extenso;
  • - realce da frase "Deus seja louvado", que passa a ser impressa na cor laranja;
  • - aumento no relevo da marca tátil; e
  • - melhoria da definição da imagem latente e das microimpressões do reverso da cédula.
As cédulas lançadas anteriormente permanecem circulando sem restrições.
  Ambos modelos recebem a chancela Pedro S. Malan / Armínio Fraga Neto.

O valor para colecionadores segundo alguns catálogos, são:

C331' - (Pedro A. Cabral) - MBC R$ 17,00 / SOB R$ 24,00 / FE R$ 50,00.
C332 - (Pedro Álvares Cabral) - MBC R$ 17,00 / SOB R$ 35,00 / FE R$ 100,00.

  Obviamente o fator oferta e procura influenciam diretamente nisto, podendo elevar ou diminuir os valores em determinados períodos.


Mais informações: 
https://www.bcb.gov.br/
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Origem do Cifrão.

junho 10, 2017
Origem do Cifrão.
   As moedas têm uma representação gráfica geralmente constituída por duas partes: uma sigla de designação abreviada para o padrão monetário, que varia de país para país, e o cifrão, símbolo universal do dinheiro e que se origina etimologicamente do árabe cifr.
   A origem do cifrão data do ano 711, da era cristã, quando o general Táriq-ibn-Ziyád comandou a conquista da Península Ibérica, ocupada até então pelos visigodos. Existem duas versões sobre o caminho percorrido pelo general árabe. Na primeira, Táriq teria partido de Tânger, cidade de Marrocos, da qual era governador.
   Na segunda, Táriq teria saído da Arábia e passado pelo Egito, desertos do Saara e da Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. De lá, ele teria cruzado o estreito das Colunas de Hércules e chegado à Península Ibérica.
   Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em moedas comemorativas, uma linha sinuosa, em forma de “S”, representando o longo e tortuoso caminho percorrido para alcançar o continente europeu. Cortando essa linha sinuosa mandou colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, representando as Colunas de Hércules, que significavam a força, poder e a perseverança da empreitada. O símbolo, assim gravado nas moedas, se difundiu e passou a ser reconhecido mundialmente como cifrão, representação gráfica do dinheiro.
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domingo, 4 de junho de 2017

Métodos de conservação - Moedas.

junho 04, 2017
Métodos de conservação - Moedas.
   No mercado existem vários métodos de conservação e acondicionamento de uma coleção de moedas, das mais caras as mais acessíveis.

Medalheiro - Foto da internet
MEDALHEIROS

   Os medalheiros são móveis construídos em madeira ou metal com gavetas que possuem divisórias onde se encaixam as moedas. Estas divisórias são revestidas em veludo. A própria concepção dos medalheiros tem os seus poréns, sabendo-se que a oxidação resulta do contato do metal com o ar devido á presença de oxigênio, de cloretos e dióxido de enxôfre, alguns numismatas defendem que os medalheiros sejam o mais fechados possíveis evitando assim a entrada do ar, enquanto outros defendem que os medalheiros devam ter uma aeração adequada no seu interior para que as moedas possam "respirar". Existem também no mercado uma opção bastante interessante um pouco idêntica aos medalheiros que são malas normalmente em alumínio cujo interior é revestido em veludo, contendo diversos tabuleiros com divisórias, podendo o colecionador optar por tabuleiros com quantidades diversas de divisórias. Para maior proteção e melhor acondicionamento pode-se colocar as moedas em cápsulas acrílicas.



Álbum - Foto da internet

ÁLBUNS
   
   A maneira mais econômica e popular de organizar uma coleção, também nesta opção existe no mercado uma vasta quantidade de produtos que permitem ao colecionador escolher o que considere mais apropriado. Há albums e folhas de várias dimensões, em relação as folhas o colecionador pode optar pela quantidade de divisórias que mais lhe convenha. Em relação as folhas também se deve observar sua composição, pois existem muitos modelos produzidos em PVC, e com o passar do tempo esse material se decompõe liberando entre outros elementos, ácido clorídrico o que corrói as moedas que estejam em contato direto com as folhas. Recentemente alguns fabricantes já produzem folhas livres de ácidos e quase inertes.
Apesar disso, para quem possua folhas em PVC ou pretenda adquiri-las não está tudo perdido, pode se proteger as moedas colocando-as em alvéolos antes de as guardar nas folhas, o que é o mais recomendado.




Holder, envelope e bolsa - Foto da internet
ALVÉOLOS, BOLSAS E ENVELOPES.

   Os alvéolos são sem dúvida uma maneira bem simples e econômica de guardar e proteger as suas moedas.
Existem alvéolos de grampear e auto adesivos. As precauções que se aconselham a ter nestes casos são as seguintes: nos alvéolos de grampear deve-se isolar os grampos com verniz para metais ou tinta, para evitar o enferrujamento que pode por em risco a moeda que ele contenha. Nos auto adesivos fique atento se com o passar do tempo não aconteça o descolamento, perdendo assim o seu efeito protetor, outro problema que pode acontecer neste tipo de alvéolo é no caso de pretender retirar-se a moeda, se deve ficar atento caso algum resíduo de cola impregne na moeda.
As bolsas são pequenos envelopes de plástico que se fecham através de
uma pequena dobra. Tal e qual como nas folhas deve se ficar atento ao material utilizado na sua fabricação. Já os envelopes propriamente ditos são feitos em papel sendo bastante econômicos e também bastante frágeis, alguns colecionadores optam por ele para que a moeda contida adquira pátina.

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