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sábado, 27 de maio de 2017

Fundação da Vila de São Vicente / SP - "Série Vicentina".

maio 27, 2017
Fundação da Vila de São Vicente / SP - "Série Vicentina".
   Por ocasião do IV centenário da colonização do Brasil, em 1932, colonização esta que teve início efetivo em 1532, somente 32 anos após o descobrimento do Brasil, tendo como marco a fundação da vila de São Vicente, a atual cidade de São Paulo, foi lançada uma série de 6 moedas com motivos relativos à época. Também conhecidas como "Vicentinas" em alusão à cidade fundada.

   Confeccionadas em 1932 e assinadas por Calmon Barreto (sigla CB), a série foi apresentada nos valores de 100, 200 e 400 réis em cuproníquel, 500 e 1000 réis em bronze-alumínio e 2000 réis em prata. Esta série é considerada como sendo as primeiras moedas cunhadas no período Vargas.

Vamos à série e seus personagens:

100 réis, cuproníquel, 20 mm - De um lado, a efígie do cacique Tibiriçá - o primeiro índio catequisado pelo padre jesuíta José de Anchieta - e, do outro, adornos indígenas.

200 réis, cuproníquel, 25 mm - Exibe, de um lado, a Esfera Armilar - símbolo da ciência náutica adotada como pavilhão das naus que faziam a carreira do Brasil e, do outro, uma nau portuguesa.

400 réis, cuproníquel, 30 mm - Mapa representativo do Tratado de Tordesilhas onde estabeleceu-se um meridiano situado a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, nas costas da África, sendo que as terras a oeste pertenceriam à Espanha, e as a leste seriam de Portugal. No reverso, a Cruz da Ordem de Cristo que adornava as velas das caravelas que exploravam os mares desconhecidos.

500 réis, bronze-alumínio, 22,5 mm - Imagem de João Ramalho, aventureiro e bandeirante português que colaborou com a fundação de São Paulo. No lado oposto, um gibão (vestimenta) bandeirante. Esta moeda é popularmente conhecida como "casaquinha".

1000 réis, bronze-alumínio, 26,7 mm - Efígie de Martim Afonso de Sousa, primeiro colonizador das terras brasileiras e governador da capitania hereditária de São Vicente. No reverso, as armas de Martim Afonso de Sousa.

2000 réis, prata, 26 mm - Busto de D. João III, o Colonizador, rei de Portugal. No verso, escudo real de D. João III.




Fonte:http://www.moedasdobrasil.com.br/
Imagem:Retirada de um anúncio já finalizado do Mercado livre.
Segunda foto: http://bimg2.mlstatic.com/serie-vicentina-completa-6-moedas-em-otimo-estado_MLB-F-4693707952_072013.jpg
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De onde vem o nome "Dólar"?

maio 27, 2017
De onde vem o nome "Dólar"?
   A palavra "dólar" é uma adaptação do nome de uma moeda tcheca do século 16, a "joachimsthaler". Essa velha moeda de prata começou a ser cunhada em 1519 em uma mina na Boêmia, região da atual República Tcheca. Ela ganhou popularidade e começou a circular em toda a Europa. Para facilitar a comunicação, acabou primeiro sendo apelidada de "thaler"; depois, teve o nome "traduzido": virou "daler" nos países nórdicos, "tolar" na Eslovênia, "dólar" entre os britânicos... Na Inglaterra, o nome nunca batizou oficialmente a moeda local, que é chamada de libra desde o ano 775.

   Mesmo assim, é possível encontrar referências ao "dólar" como sinônimo de dinheiro na Inglaterra, em peças de William Shakespeare. Apesar de os Estados Unidos terem sido colonizados pelos britânicos, foi a Espanha que acabou tendo uma influência decisiva no batismo da moeda americana. O peso espanhol, que era empregado nas transações na época em que os Estados Unidos ainda eram colônia, era chamado popularmente de "dollar espanhol". Em 1861, o governo dos Estados Unidos lançou oficialmente a sua moeda apenas tirando o "sobrenome".

   O presidente Thomas Jefferson também estabeleceu a palavra dime, do francês dixieme, para um décimo do dólar. Pronunciado dêem, casualmente se transformava em dime.
   O curioso é que o "thaler" original saiu de circulação poucos anos depois, em 1873. Já o dólar conseguiu fazer escola e hoje é a moeda oficial de 23 países, como Canadá, Austrália, Malásia e Hong Kong. 




Referências: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-a-moeda-americana-se-chama-dolar
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Carimbo do Capacete - Campanha do Ouro.

maio 27, 2017
Carimbo do Capacete - Campanha do Ouro.
Moeda de prata com o carimbo do capacete
"Tudo por São Paulo 1932".
   Em meados de 1935, já na fase final da distribuição do espólio dos bens adquiridos e não utilizados na campanha do ouro, pelos encarregados da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, teve-se a ideia de marcar as moedas antigas para a posteridade.

   A marca - um carimbo com capacete e a legenda "1932 C.O." (1932, Campanha do Ouro) - ficou conhecida como o "Carimbo do Capacete" ou o "Carimbo da Campanha de Ouro" e, desde sua criação, gera uma enorme polêmica sobre quantas foram carimbadas e em quais circunstâncias, sendo que alguns afirmam que moedas circulantes chegaram a serem carimbadas e muitas são falsas. De todo modo tratam-se de moedas muito escassas atualmente e com um enorme significado histórico.

   O numismata Kurt Prober, reconhece carimbos aplicados sobre moedas de cobre (coloniais ou imperiais), bronze (10, 20 ou 40 réis, imperiais ou republicanas), níquel, prata (depois de 1849) e prata coloniais do primeiro Reinado.
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Oswaldo Cruz - 400 Réis.

maio 27, 2017
Oswaldo Cruz - 400 Réis.
   Foi um grande pesquisador que atuou como cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi o pioneiro no estudo de doenças tropicais e da medicina experimental no Brasil.
Biografia e estudos 

   Em 1900, fundou o Instituto Soroterápico Nacional, no Rio de Janeiro, que depois passou a se chamar Instituto Oswaldo Cruz, instituição que possui grande respeito internacional.

   Osvaldo Cruz iniciou sua graduação no ano de 1887, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1896 foi para Paris e ingressou no Instituto Pasteur como estagiário.

   Quanto retornou ao Brasil, no ano de 1899, ele trabalhou no combate ao surto de peste bubônica, que ocorria em Santos, e em outras cidades portuárias brasileiras.

   Durante esta fase ele defendeu a idéia de que a epidemia somente poderia ser controlada com o uso do soro adequado. Por isso, sugeriu que o governo instalasse um instituto para fabricação deste “medicamento”, uma vez que, a importação naquela época era muito demorada.

   A partir daí, deu-se início a criação do Instituto Soroterápico Nacional. Em 1903, Osvaldo Cruz atuava neste instituto como diretor geral da saúde pública.

   Durante sua atuação, ele coordenou campanhas para erradicação da febre amarela, varíola e eliminação dos focos de insetos transmissores de doenças tropicais.

   Com o objetivo de erradicar as moléstias contagiosas, promoveu uma campanha de vacinação forçada, que acabou sendo conhecida como a Revolta da Vacina.

   No ano de 1916, ele colaborou para a fundação da Academia Brasileira de Ciências, e se tornou prefeito de Petrópolis, RJ. Faleceu no ano seguinte devido a problemas de saúde.


ANVERSO
Efígie de Oswaldo Cruz tendo à esquerda a palavra OSWALDO em duas linhas sobrepostas (OSWALDO + CRUZ) e, à direita, a palavra CRUZ. Sob a palavra CRUZ, monograma do gravador Calmon Barreto. Micro-biologista.

REVERSO
Entre dois filetes, uma lâmpada acesa, encimada pela inscrição circular BRASIL sobreposta à data. No exergo, entre dois pontos, 400 RÉIS, seguido pela sigla do desenhista Walter Toledo.

CARACTERÍSTICAS
Material:cuproníquel
Diâmetro:28,0 mm
Peso:10,00 g
Espessura: 2,10 mm
Bordo:liso
Casa da Moeda: Rio de Janeiro

Ano produção
1936 3.927.500
1937 3.111.000
1938 2.680.000


Fontes:http://www.moedasdobrasil.com.br/catalogo.asp?s=17&xm=142
http://www.todabiologia.com/pesquisadores/oswaldo_cruz.htm
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Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá) 1813-1889

maio 27, 2017
Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá) 1813-1889
Barão de Mauá também conhecido como Visconde de Mauá foi um importante industrial, banqueiro e político brasileiro do século XIX. Recebeu o título de Barão no ano de 1854 e Visconde de Mauá em 1874.

Principais realizações

- Empreendeu a construção da primeira ferrovia brasileira. Construída no Estado do Rio de Janeiro ganhou o nome de Estrada de Ferro Mauá.

- Fundação da Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro.

- Fundação da Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas.

- Deputado Federal pela província do Rio Grande do Sul com mandato entre os anos de 1856 e 1875.

- "O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem" - Barão de Mauá

O Filme :http://www.youtube.com/watch?v=P3WYECiqM0I

ANVERSO
O busto do Visconde de Mauá, de frente, dividindo em duas partes a inscrição horizontal MA UÁ. Sob as duas últimas letras, omonograma do desenhista Leopoldo de Campos. Circunda a composição um listel denticulado. Construiu a primeira estrada de ferro no Brasil.

REVERSO
Entre pontos, uma locomotiva sobre trilhos, encimada pela inscrição BRASIL sobreposta à data. No exergo, o valor 200 sobreposto à abreviatura Rs e, sob o para-choque da máquina, à direita, a mesma sigla do anverso.
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Almirante Tamandaré - 100 Réis.

maio 27, 2017
Almirante Tamandaré - 100 Réis.
  Almirante Tamandaré (1807-1897) foi militar da Marinha do Brasil. Participou de todas as lutas do império, entre elas as "Guerras de Independência", "A Confederação do Equador", "A Guerra contra Oribe e Rosas" e a "Guerra do Paraguai". Recebeu o título de Almirante, o mais alto posto da Marinha. Comandou diversas esquadras. Foi nomeado Patrono da Marinha do Brasil.

   Almirante Tamandaré (1807-1897) nasceu na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, no dia 13 de dezembro de 1807. Filho do patrão-mor do porto do Rio Grande, Francisco Marques Lisboa. Joaquim Marques Lisboa, futuro Almirante Tamandaré, e seu irmão mais velho, Manuel, acompanhavam o pai ao trabalho no porto, subiam nos navios e conversavam com os marinheiros. Com sete anos viu seu irmão entrar para a Academia Real. Sua vez só chegou em 1822, com a Proclamação da Independência e a necessidade de contratação de tripulantes para a nova esquadra. No dia 4 de março de 1823, Joaquim apresentou-se ao comandante da fragata Niterói, o inglês John Taylor.

   Com a independência, as províncias da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina mantinham-se fieis a Portugal e iniciaram movimentos armados contra a Independência, conhecidos como "Guerra de Independência". No dia 29 de abril, com apenas 16 anos, inicia sua primeira missão para combater os revoltosos na Bahia. Terminado o combate, recebeu elogios do Almirante Cochrane.

   De volta ao Rio de Janeiro, em dezembro, matricula-se na Academia da Marinha e inicia um curso de inglês. Em 1824, a Assembléia Constituinte foi dissolvida e várias províncias rebelaram-se. Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba uniram-se e formaram a "Confederação do Equador". Em julho de 1824, Joaquim Marques Lisboa embarcou na nau Pedro I, em direção às províncias rebeladas. Em 1825, o poder imperial estava restabelecido. No dia 2 de fevereiro de 1825, Joaquim era promovido a Segundo-Tenente, tinha apenas dezoito anos.

   No sul do país surgia um movimento separatista na "Província Cisplatina". No dia 9 de fevereiro de 1826, Joaquim parte para o combate na nau Niterói, comandada por James Norton. Nas batalhas que enfrentou mostrou habilidade estratégica e recebeu o comando da escuna Constança. No dia 6 de março, junto com 40 homens, ao tentar um ataque por terra, é preso e jogado no porão de um navio, onde ficaram até 30 de março. Levados para o continente, conseguiram fugir em agosto de 1827. Promovido a Primeiro-Tenente passa a servir na corveta Maceió. Em setembro, enfrenta nova missão no sul para atacar os "corsários".

   Em abril de 1831, D. Pedro I abdica e durante a Regência surgiram várias rebeliões. A Marinha era peça fundamental para manter a unidade do país. Em setembro, o comandante Joaquim Marques Lisboa vence uma revolta no Recife, e outra no Ceará. Em 1834, estoura a "Cabanagem" em Belém do Pará, e o comandante parte para a nova missão. Em 1936 é promovido a Capitão-Tenente. Em 9 de dezembro de 1837, requer licença para tratamento de saúde.

   O Almirante Tamandaré casa-se com sua sobrinha Eufrásia de Lima Lisboa, no dia 19 de fevereiro de 1938, juntos tiveram seis filhos. Pouco depois do casamento foi mandado para Salvador, para lutar na "Sabinada", sufocada em março de 1838. Em seguida combateu na "Revolução Farroupilha", no Rio Grande do Sul. Em 1939, lutou na "Balaiada", no maranhão, onde junto com o presidente da província, o Duque de Caxias, formaram a Divisão Pacificadora do Norte.

   Em 1840, aos 32 anos de idade, foi promovido a Capitão de Fragata. Em 1841, passa sete meses em tratamento de saúde e em seguida é encarregado de adaptar a fragata Príncipe Imperial, para quartel dos aprendizes marinheiros. Em 1844 recebe o comando da Divisão Naval do Centro, com sede em Salvador. É promovido a Capitão de Guerra. Foi incumbido por D.Pedro II, de comandar a corveta Dom Afonso. O Capitão de Guerra foi à Inglaterra buscar o navio. Depois de várias aventuras, em 1850, chega ao porto do Recife.

   Em 1851, comanda a esquadra imperial nas "Guerras contra Oribe e Rosas". Em 1959, vai com a esposa para a Europa contratar marinheiros e técnicos e encomendar a construção de dez canhoeiras. Deixou a esposa em Paris, para tratamento de saúde e volta ao Rio de Janeiro. Foi nomeado comandante da divisão naval que levaria D. Pedro II e a Imperatriz a Pernambuco, onde acompanhou o monarca na visita ao vilarejo de Tamandaré, um dos centros de reação contra os holandeses. No cemitério estava enterrado seu irmão Manuel. Com permissão do imperador os restos mortais foram levados com honras militares para o Rio.

   Em 14 de março de 1860, Joaquim Marques Lisboa recebia o título de "Barão de Tamandaré". Em 1864, começa a mais longa das gueras, a "Guerra do Paraguai". O comandante elabora minuciosamente o plano de ataque. No dia 9 de janeiro de 1867, o Barão de Tamandaré recebe o mais alto posto da Marinha "Almirante Tamandaré". No dia em que completou 80 anos recebeu o título de "Conde" e depois é elevado a "Marquês", recebendo também a "Ordem da Rosa".

   Almirante Tamandaré morre no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1897. No cortejo até o cemitério de São Francisco, o povo consagrou-o como herói. No porto, os navios prestaram-lhe as últimas homenagens.

   No dia de seu nascimento, 13 de dezembro, comemora-se o dia do marinheiro.

ano produção
1936 3.927.500
1937 7.905.000
1938 8.617.500
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