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sábado, 27 de maio de 2017

Almirante Tamandaré - 100 Réis.

  Almirante Tamandaré (1807-1897) foi militar da Marinha do Brasil. Participou de todas as lutas do império, entre elas as "Guerras de Independência", "A Confederação do Equador", "A Guerra contra Oribe e Rosas" e a "Guerra do Paraguai". Recebeu o título de Almirante, o mais alto posto da Marinha. Comandou diversas esquadras. Foi nomeado Patrono da Marinha do Brasil.

   Almirante Tamandaré (1807-1897) nasceu na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, no dia 13 de dezembro de 1807. Filho do patrão-mor do porto do Rio Grande, Francisco Marques Lisboa. Joaquim Marques Lisboa, futuro Almirante Tamandaré, e seu irmão mais velho, Manuel, acompanhavam o pai ao trabalho no porto, subiam nos navios e conversavam com os marinheiros. Com sete anos viu seu irmão entrar para a Academia Real. Sua vez só chegou em 1822, com a Proclamação da Independência e a necessidade de contratação de tripulantes para a nova esquadra. No dia 4 de março de 1823, Joaquim apresentou-se ao comandante da fragata Niterói, o inglês John Taylor.

   Com a independência, as províncias da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina mantinham-se fieis a Portugal e iniciaram movimentos armados contra a Independência, conhecidos como "Guerra de Independência". No dia 29 de abril, com apenas 16 anos, inicia sua primeira missão para combater os revoltosos na Bahia. Terminado o combate, recebeu elogios do Almirante Cochrane.

   De volta ao Rio de Janeiro, em dezembro, matricula-se na Academia da Marinha e inicia um curso de inglês. Em 1824, a Assembléia Constituinte foi dissolvida e várias províncias rebelaram-se. Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba uniram-se e formaram a "Confederação do Equador". Em julho de 1824, Joaquim Marques Lisboa embarcou na nau Pedro I, em direção às províncias rebeladas. Em 1825, o poder imperial estava restabelecido. No dia 2 de fevereiro de 1825, Joaquim era promovido a Segundo-Tenente, tinha apenas dezoito anos.

   No sul do país surgia um movimento separatista na "Província Cisplatina". No dia 9 de fevereiro de 1826, Joaquim parte para o combate na nau Niterói, comandada por James Norton. Nas batalhas que enfrentou mostrou habilidade estratégica e recebeu o comando da escuna Constança. No dia 6 de março, junto com 40 homens, ao tentar um ataque por terra, é preso e jogado no porão de um navio, onde ficaram até 30 de março. Levados para o continente, conseguiram fugir em agosto de 1827. Promovido a Primeiro-Tenente passa a servir na corveta Maceió. Em setembro, enfrenta nova missão no sul para atacar os "corsários".

   Em abril de 1831, D. Pedro I abdica e durante a Regência surgiram várias rebeliões. A Marinha era peça fundamental para manter a unidade do país. Em setembro, o comandante Joaquim Marques Lisboa vence uma revolta no Recife, e outra no Ceará. Em 1834, estoura a "Cabanagem" em Belém do Pará, e o comandante parte para a nova missão. Em 1936 é promovido a Capitão-Tenente. Em 9 de dezembro de 1837, requer licença para tratamento de saúde.

   O Almirante Tamandaré casa-se com sua sobrinha Eufrásia de Lima Lisboa, no dia 19 de fevereiro de 1938, juntos tiveram seis filhos. Pouco depois do casamento foi mandado para Salvador, para lutar na "Sabinada", sufocada em março de 1838. Em seguida combateu na "Revolução Farroupilha", no Rio Grande do Sul. Em 1939, lutou na "Balaiada", no maranhão, onde junto com o presidente da província, o Duque de Caxias, formaram a Divisão Pacificadora do Norte.

   Em 1840, aos 32 anos de idade, foi promovido a Capitão de Fragata. Em 1841, passa sete meses em tratamento de saúde e em seguida é encarregado de adaptar a fragata Príncipe Imperial, para quartel dos aprendizes marinheiros. Em 1844 recebe o comando da Divisão Naval do Centro, com sede em Salvador. É promovido a Capitão de Guerra. Foi incumbido por D.Pedro II, de comandar a corveta Dom Afonso. O Capitão de Guerra foi à Inglaterra buscar o navio. Depois de várias aventuras, em 1850, chega ao porto do Recife.

   Em 1851, comanda a esquadra imperial nas "Guerras contra Oribe e Rosas". Em 1959, vai com a esposa para a Europa contratar marinheiros e técnicos e encomendar a construção de dez canhoeiras. Deixou a esposa em Paris, para tratamento de saúde e volta ao Rio de Janeiro. Foi nomeado comandante da divisão naval que levaria D. Pedro II e a Imperatriz a Pernambuco, onde acompanhou o monarca na visita ao vilarejo de Tamandaré, um dos centros de reação contra os holandeses. No cemitério estava enterrado seu irmão Manuel. Com permissão do imperador os restos mortais foram levados com honras militares para o Rio.

   Em 14 de março de 1860, Joaquim Marques Lisboa recebia o título de "Barão de Tamandaré". Em 1864, começa a mais longa das gueras, a "Guerra do Paraguai". O comandante elabora minuciosamente o plano de ataque. No dia 9 de janeiro de 1867, o Barão de Tamandaré recebe o mais alto posto da Marinha "Almirante Tamandaré". No dia em que completou 80 anos recebeu o título de "Conde" e depois é elevado a "Marquês", recebendo também a "Ordem da Rosa".

   Almirante Tamandaré morre no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1897. No cortejo até o cemitério de São Francisco, o povo consagrou-o como herói. No porto, os navios prestaram-lhe as últimas homenagens.

   No dia de seu nascimento, 13 de dezembro, comemora-se o dia do marinheiro.

ano produção
1936 3.927.500
1937 7.905.000
1938 8.617.500

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