2017 - Info Numismática Brasil

Info Numismática Brasil

Informação, compra, venda e troca de moedas, cédulas, medalhas antigas e atuais.

sábado, 2 de setembro de 2017

Polícia encontra moeda rara de 5 milhões de marcos alemães.

setembro 02, 2017
Polícia encontra moeda rara de 5 milhões de marcos alemães.
Por Deutsche Welle 01/09/2017
'Coleção de dinheiro histórica encontrada - procura-se o proprietário', 
foto divulgada pela polícia (Foto: Reprodução/Twitter/Polizei NRW K)


A polícia alemã fez uma descoberta inesperada na cidade de Colônia, no noroeste da Alemanha, ao se deparar com moedas e cédulas históricas durante uma operação envolvendo narcóticos. O lote histórico foi encontrado numa maleta preta em maio deste ano, comunicou a polícia local na quinta-feira (31).

Entre os objetos, havia uma moeda de 5 milhões de marcos alemães datada de 1923, quando a Alemanha passava por uma crise econômica. A hiperinflação desenfreada na época desvalorizava o dinheiro constantemente, e 4,2 trilhões de marcos alemães valiam apenas 1 dólar.
A inscrição da moeda diz: "Dinheiro de emergência da Província de Vestfália, 1923", referindo-se a região alemã.
Entre as cédulas encontradas estavam também notas quadradas da França e da Holanda dos tempos da Primeira Guerra Mundial.

A polícia disse que o "pacote incomum" que envolvia o dinheiro leva a acreditar que ele havia sido roubado. As imagens da descoberta foram agora publicadas nas redes sociais da polícia local na tentativa de localizar o proprietário original das cédulas e moedas.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/policia-encontra-moeda-rara-de-5-milhoes-de-marcos-alemaes.ghtml
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sábado, 15 de julho de 2017

Cédulas iguais, valores diferentes - Um Mil Réis (R193 / C001).

julho 15, 2017
Cédulas iguais, valores diferentes - Um Mil Réis (R193 / C001).
   Para os que iniciam na jornada do colecionismo, mais especificamente da notafilia, uma situação que pode confundir bastante é a respeito das "Manuelitas".
   A cédula que estampa a face de Manuel Ferraz de Campos Sales, advogado e político brasileiro, terceiro presidente do estado de São Paulo, de 1896 a 1897 e o quarto presidente da República, entre 1898 e 1902; E o valor facial de Um Mil Réis.
   Emitidas em 1923 pelo Banco do Brasil, estas cédulas circularam como Réis até o ano de 1942, sendo classificadas da seguinte forma:

R193b*
  • - R193a (1ª à 145ª série)
  • - R193a (198ª à 278ª série) Autografada
  • - R193b* (146ª à 197ª série) Duas chancelas / assinaturas
  • - R193m (1ªsérie) Modelo
  • - R193s Specimen - É um exemplar que serve de modelo à nota propriamente dita. Geralmente não aparece com todos seus itens finais, geralmente incompleto (com falta de alguns detalhes – texto complementar ou outros), e é inutilizado com vários furos e com carimbos de formas e textos diferenciados. Normalmente os espécimes apresentam o carimbo de “Specimen” ou “Espécime”.
   Com a mudança de Réis para Cruzeiro em 1942, o Governo resolveu em 1944 continuar utilizando a mesma cédula com o valor de 1 Cruzeiro, sem carimbar ou adicionar qualquer item a cédula que a diferenciasse. Isto se deu pois havia em estoque uma quantidade muito grande destas cédulas e seria mais apropriado utilizá-las do que simplesmente descartá-las. A única diferença visível seriam as séries utilizadas para isso:
C001
  • - C001 (279ª à 500ª série)
   Desta forma, ao iniciar sua coleção atente-se para este detalhe. Muitas cédulas inicialmente parecerão ser as "mesmas", mas a observância nos mostra o quão rica é nossa história "do dinheiro". Ao aprofundar-se nesses detalhes a familiarização com estas situações aumentam o conhecimento, e aos poucos, com estudo e leituras sobre o assunto, ficará fácil diferenciar pormenores que fazem toda a diferença em sua coleção.

Imagens: Cédulas do Brasil 7ª Edição.


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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Bromélia - 1 Real 1997.

julho 06, 2017
Bromélia - 1 Real 1997.
Moeda / ficha - 1 Real 1997
   Talvez uma das maiores controvérsias da numismática brasileira, esta moeda /ficha é o centro de muitas discussões. Discussões que não duvidam de sua existência, e sim do seu propósito ou finalidade. Como se pode observar pela data, ela se encaixaria na cronologia numismática entre a 1ª e a 2ª família do Real, sendo assim considerada por muitos um ensaio de como seriam produzidas as novas moedas.

   Sendo considerada como ensaio, as imagens do anverso e reverso levantam duas questões: Seria essa uma das propostas que ilustrariam a 2ª família? Ou apenas um teste de cunho para moedas bimetálicas? Desta maneira, a imagem cunhada com papel irrelevante, sendo colocada a esmo.

   Essas questões levantam mais questões: Se era uma das propostas porque nunca veio à público? E se a imagem era irrelevante (Pois há de se convir, se não a acha bonita, no mínimo é exótica) porque tanto trabalho em produzi-lá? É notado que o que o reverso foi um "reaproveitamento" das moedas de Cruzeiro (1967-1979), mas o anverso seria algo inédito.

Pois bem, de questionamento em questionamento até a presente data não foi batido o martelo sobre este assunto, as duas vias que se chocam são os que a defendem como um ensaio ou os que a defendem como ficha/ token. Alguns catálogos ignoram  sua existência, outros a colocam na "seção" de moedas, outros na de "fichas".
   O catálogo online Moedas do Brasil descreve sobre ela como "Ensaio controverso defendido por P. P. Balsemão, gravador gaúcho".

Site: Moedas do Brasil
   Com as dimensões de ø27mm e ρ7,96g, bordo serrilhado. Anverso: Efígie da República à direita do núcleo prateado e transpassando para o anel dourado. No anel dourado, o dístico Brasil e reverso: Valor facial, ano de cunhagem e, ao fundo, a imagem de uma bromélia.
   P. P. Balsemãopossuidor de uma peça, narra todo o desenrolar dessa história (na ótica dele) em seu blog, cujo deixo o link para a quem se interessar. Alguns dizem que Balsemão adquiriu a peça em meio a um lote, e outros que ele mesmo foi responsável pela sua confecção.

   O departamento do meio circulante do BC já chegou a emitir nota sobre o assunto, confirmando que houve uma produção-teste: 

"Prezado Senhor,
Em resposta à sua demanda, a Casa da Moeda informou que cunhou peças contendo a imagem de uma bromélia em um dos lados, a título de testes de materiais e processos, para a fabricação da moeda de R$1 da Segunda Família de moedas.
A comprovação de que sua peça é uma das cunhadas pela Casa da Moeda só será possível com a sua apresentação para análise detalhada."

   Independente do propósito - de quem, como, onde e porquê - esta é uma história que mesmo dada como "caso encerrado" para muitos, ainda pode render muita pesquisa aos que resolverem se aprofundar no assunto.





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sábado, 1 de julho de 2017

Ano - 1993: Inflação e a cédula que nunca circulou (Rendeira).

julho 01, 2017
Ano - 1993: Inflação e a cédula que nunca circulou (Rendeira).
   Há duas décadas, o Brasil enfrentava a fase mais aguda de um surto de hiperinflação. As remarcações de preços eram diárias, e estocar produtos era uma necessidade que levava famílias até a viajar a cidades vizinhas em busca de preços melhores. O índice oficial do governo, o IPCA, medido pelo IBGE, chegou a 2.477% em 1993, enquanto o INPC, utilizado para reajustar os salários, alcançou 2.489%.

Índice de inflação.
   
O então presidente Itamar Franco herdou de Fernando Collor - de quem era vice até este ser derrubado por denúncias de corrupção - um país com perspectivas bastante remotas de sucesso na difícil tarefa de controlar a economia desgovernada.
A inflação corroía a renda "per capita" da população, que entrava em seu terceiro ano de queda. Havia se tornado parte da vida dos brasileiros. Só quem conseguia escapar de seus efeitos eram os grandes investidores, cujas aplicações incluíam, geralmente, correção monetária diária.
Acuado, o governo preferiu evitar novos choques, como os que foram aplicados durante a gestão de Collor. Preferiu a transição mais gradual, com a criação da Unidade Real de Valor (URV), por meio da Medida Provisória 434, em 27 de fevereiro de 1994, que estabeleceu regras de conversão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da economia e determinou o lançamento de uma nova moeda, o real.
O programa foi a mais ampla medida econômica realizada no país com o objetivo de controlar a hiperinflação. Com a utilização de vários instrumentos econômicos e políticos, o Plano Real conseguiu reduzir a inflação, que em julho de 1994, quando a nova moeda foi lançada, havia chegado a 46,58% ao mês.


   O Cruzeiro Real (CR$) foi o padrão monetário no Brasil entre 1º de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994. As altas taxas de inflação que marcaram o ano de 1993 levaram o governo Itamar Franco a editar a medida provisória que criou o cruzeiro real, equivalente a mil cruzeiros. Não foram emitidas moedas com valores em centavos nesta moeda, sendo que se consideravam como centavos as cédulas e moedas do padrão anterior na razão de 10 "cruzeiros" por centavo. A grande novidade na linguagem visual das cédulas do CRUZEIRO REAL, período de 1993/94, foi na utilização dos tipos humanos regionais, caracterizadas por seus elementos específicos (aspectos urbanos, atividades e instrumentos de uso). Respeitando estes parâmetros entraram em circulação as cédulas do "Gaúcho" e da "Baiana", valores de CR$5.000,00 e CR$50.000,00, respectivamente. O lançamento da nota de CR$10.000,00 estava planejada para acontecer em 1994. A temática escolhida para ser trabalhada e estampada foi a da mulher "Rendeira".

Anverso: efígie da Rendeira.

Reverso:  três gerações de mulheres trabalhando na confecção de rendas.


   Cruzeiro Real: Em julho de 1994, com a implementação do "Plano Real", tivemos abortado todo o projeto de lançamento da nota "Rendeira". Surgia então um novo padrão monetário o REAL. Descrição: O anverso mostra efígie da Rendeira, com os dizeres: "DEUS SEJA LOUVADO" e "RENDEIRA". Verticalmente aparece o símbolo e o nome da empresa responsável pela impressão "CASA DA MOEDA DO BRASIL".Chancelas: Fernando H. Cardoso e Pedro S. Malan. O reverso mostra afigura de três gerações de mulheres trabalhando na confecção de rendas, com a descrição "RENDEIRAS DE BILRO". Aparecem os utensílios e instrumentos de trabalho, destacando o par de sandálias, recipiente com linha/ tesoura/ agulha, almofadas cilíndricas e os bilros.

   Como não houveram exemplares emitidos desta cédula, algumas reproduções são comercializadas por vendedores apenas como curiosidade, não havendo valor numismático algum.

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quinta-feira, 22 de junho de 2017

As 16 moedas lançadas em razão das Olimpíadas valem quanto?

junho 22, 2017
As 16 moedas lançadas em razão das Olimpíadas valem quanto?

Fonte: Banco Central

É notadamente visível, a enxurrada de anúncios disponíveis que oferecem para venda as moedas lançadas em razão das Olimpíadas.

Em plataformas de vendas como Mercado Livre e OLX, e também em grupos de vendas no Facebook são encontradas entre os valores de 10 a 100 (😱) reais a unidade.

Essas moedas possuem sim valor de mercado, mas isso vai depender muito das condições da mesma e se está contida em um blister ou avulsa. Para colecionadores, essas 16 moedas pegas avulsas no troco cotidiano, valem a incrível quantia de... 1 real, exatamente isso, 1 real. Observe a tiragem/ fabricação destas moedas, cada uma com 20 MILHÕES DE EXEMPLARES, para a numismática isso já demonstra a facilidade de se encontrar essas peças, eu mesmo devo ter umas 5 modalidades ali na cozinha no potinho que coloco troco do pão... Soma-se a isso o fato de serem moedas contemporâneas (acabaram de ser lançadas) e a quantidade de anúncios das mesmas (muita oferta), obviamente o preço de mercado será o mesmo valor de face, 1 real.

Como disse acima, elas tem valor de mercado, colecionadores buscam peças o mais próximas possíveis ao estado Flor de Cunho, e estas moedas neste estado, retiradas do saquinho que as continham quando saíram do banco, diretamente para os álbuns de colecionadores, podem ser negociadas (informação baseada no mercado atual e oferta e procura) entre 5 e 10 reais. Caso você não seja tão exigente e não tiver pressa, pode aguardar que daqui a pouco as 14 modalidades e os 2 mascotes aparecem no seu troco num estado de conservação considerado bom (Soberba), para assim irem para sua coleção.

Existem casos onde o vendedor disponibiliza as 16 moedas juntas em um único pacote, e já em uma cartela, isso agrega valor e levando em consideração o valor unitário, essas cartelas podem ser comercializas entre 120 e 180 reais. Pois lhe economiza o tempo da procura e ainda vão em um expositor.

Já no caso dos blisters, como sua tiragem é de 200 mil, as tornam mais valorizadas. Tiveram o preço de saída em 13 reais e hoje se encontram esgotadas. Nas mãos de revendedores podem ser encontradas entre 25 e 35 reais, levando em consideração que a moeda contida nela é Flor de Cunho, o que eleva seu valor.

Para que qualquer uma destas moedas tenham seu valor aumentado, contaria somente o fato de apresentarem alguma anomalia oriunda do processo de fabricação, boné por exemplo, assim elas entrando no campo de anomalias seu valor pode mais que triplicar.
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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cruz de Cristo (1 Cruzado Novo).

junho 21, 2017
Cruz de Cristo (1 Cruzado Novo).
Reverso e Anverso - Reprodução Internet
  

  Conhecida por alguns, desconhecida por muitos, esta moeda figura no imaginário de muitos colecionadores que visam uma peça verdadeiramente rara em seu acervo.
  Com tiragem e gravador desconhecidos, se tem conhecimento de pelo menos 15 peças em coleções espalhadas pelo mundo, muitas hipóteses foram levantadas sobre sua origem e destino, e algumas se firmaram ao longo do tempo. A principal é que esta moeda nunca chegou a circular devido a hiper-inflação existente na época (1990), onde o Cruzeiro foi substituído pelo Cruzado Novo o que fez seu poder de compra cair muito. Assim antes mesmo de serem postas em circulação, foram destruídas. Comenta-se que foram levadas à Siderúrgica Acesita para refundição em aço inox.
  As peças que resistiram a este episódio, foram "salvas" por funcionários da Casa da Moeda, como lembrança ou souvenir, e algumas ainda podem estar perdidas em alguma gaveta ou canto mofado por aí, o que torna a procura ainda viva em busca desta raridade.
  Também foi cogitada ser apenas um ensaio, tese defendida por alguns numismatas. Pois sendo vista como uma moeda que nunca circulou, se traria mais notoriedade a mesma e consequentemente mais valor.
  Alguns catálogos precificam esta peça na casa dos 4 mil reais, então acredito que vale bem a busca. Desta forma, na próxima vez que se depararem com alguns kilos de moedas inox, não as menosprezem, vale a pena dar uma olhada com mais calma pois se pode estar deixando passar uma magnífica parte da história da moeda de nosso país.

Descrição:
1 Cruzado Novo - NCz$ (Cruz de Cristo)
Casa da Moeda: Rio de Janeiro
Sem letra monetária
Composição: Aço inoxidável
Ø: 19,50 mm
Peso: 2,83 gr.
Bordo liso
Anverso: Cruz de Cristo sobre mapa do Brasil e data.
Reverso: Valor, dístico Brasil e o Cruzeiro do Sul.
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segunda-feira, 19 de junho de 2017

As moedas de Real "realmente valiosas".

junho 19, 2017
As moedas de Real "realmente valiosas".

   Muito se especula sobre as moedas do nosso meio circulante que possuem valores realmente expressivos no meio numismático. Com a "popularização" do colecionismo em especial a numismática em razão das moedas olímpicas, muito se lê sobre o assunto mas na maioria das vezes são informações realmente exageradas sobre os valores.

   Nenhuma das moedas de Real atuais irá deixar seu possuidor rico e nem com milhares de lucro, mas podem valer sim uma boa quantia principalmente em relação ao valor de face da moeda e seu real valor para a numismática.

   No exemplos a seguir destacarei as moedas que possuem maior valor no momento atual, pela sua escassez ou lei de "oferta e procura", os valores especificados são os mais próximos praticados no mercado.

Porém existem outras moedas que tem seu valor elevado por pouca tiragem e estado de conservação superior (Flor de Cunho/FC), mas valores não muito expressivos para quem busca saber quais são realmente procuradas por colecionadores.


1 Real 1998 (Direitos Humanos)

Anverso e reverso.
Feitas em homenagem ao cinquentenário da ‘Declaração Universal dos Direitos Humanos’, elas são as mais raras e caras de todas as moedas do Real, e portanto, as mais valorizadas entre os colecionadores. Foram apenas 600 mil exemplares produzidos, e por isso, o preço pode variar entre R$ 90,00 ~ R$ 200,00, dependendo de seu estado de 
conservação.


1 Real 2012 (Bandeira Olímpica)

Anverso e reverso.
No encerramento dos Jogos Olímpicos Londres 2012, a Bandeira Olímpica foi oficialmente entregue à cidade do Rio de Janeiro, em cerimônia que marcou o início da contagem regressiva para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Com o objetivo de divulgar e registrar o evento, o Banco Central do Brasil lançou moedas comemorativas de circulação comum. A tiragem foi de 2.016.000 exemplares e hoje podem ser negociadas em torno de R$ 60,00 ~ R$ 100,00 dependendo de sua conservação.

50 centavos 2012 (Sem o número "0")

50 centavos sem o "zero".
Por um erro de produção, um lote de moedas de 50 centavos foi cunhada com valor facial de 5 centavos. Pouco tempo depois o BC identificou o erro. 
A produção foi interrompida fazendo com que a tiragem desta anomalia fosse baixa (especula-se 40 mil, porém acredita-se que mais da metade tenha sido recolhida para destruição). Hoje são negociadas em torno de R$ 400,00 ~ R$ 600,00.

25 e 10 centavos 1995 (FAO)

Anverso e reverso.

Anverso e reverso.
Em 1995, 1 milhão de moedas com essa ilustração em homenagem à FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, foram colocadas em circulação. Apesar de parecer um grande número, a quantidade de moedas normais que saíram nesse ano foi bem superior, cerca de 239 milhões, o que já torna essas moedas raras. Hoje estão sendo negociadas entre R$ 30,00 ~ R$ 50,00 dependendo de sua conservação.

Moedas com "boné"

Cunho descentralizado.
Essa anomalia pode ser encontrada em todos os tipos de moedas, de anos, valores e épocas diferentes. É identificado pela descentralização da moeda, "fugindo" para algum dos lados do disco, imitando a aba de um boné. São procuradas por colecionadores de anomalias. Dependendo de "quão bonito" for o boné o valor pode iniciar em R$ 30,00, não sendo possível especificar o valor máximo, pois geralmente são peças únicas e por serem procuradas por um público mais específico o valor máximo vai mais da vontade do comprador em ter a peça. 
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sábado, 10 de junho de 2017

Cédula Comemorativa dos 500 Anos do Descobrimento (R$ 10,00).

junho 10, 2017
Cédula Comemorativa dos 500 Anos do Descobrimento (R$ 10,00).
   
   Impressa pela Casa da Moeda do Brasil, a cédula foi projetada por Tereza Regina Barja Fidalgo, com trabalho gráfico de Marise Ferreira da Silva, em parceria com técnicos do Departamento do Meio Circulante do Banco Central do Brasil. As gravuras manuais, feitas por Mário Dittz Chaves e Cláudia Lopes Tolentino, foram baseadas em fotografias de Bruno Alves/Reflexo, Luiz Cavalcanti Damasceno, João Américo Peret e Nízio Fernandes.


Anverso
Anverso:
Contém a efígie de Pedro Álvares Cabral, navegador português que descobriu o Brasil em 22 de abril de 1500; o mapa "Terra Brasilis", uma das primeiras representações da nova terra; um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro documento a descrever características do lugar e da sua gente; e uma rosa dos ventos, instrumento de navegação extraído da cartografia portuguesa do século XVI. À direita do mapa, estão representadas, também, cinco naus da expedição de Cabral. Ao fundo, encontra-se composição de elementos decorativos de azulejos portugueses, linhas sinuosas e representações da Cruz da Ordem de Cristo, símbolo presente nas embarcações portuguesas da época.



Reverso
Reverso:
Contém uma versão estilizada do mapa do Brasil, formada por quadros, alguns deles contendo fisionomias típicas do povo brasileiro (índio, branco, negro e mestiço), retratando uma característica marcante do Brasil contemporâneo: a pluralidade étnica e cultural.






Alterações das características - Novembro/2000
Conforme o Comunicado N. 008016, de 22.11.2000, a partir da série A 0587 foram feitas as seguintes alterações na cédula comemorativa:





  • - inscrição do nome de Pedro Álvares Cabral por extenso;
  • - realce da frase "Deus seja louvado", que passa a ser impressa na cor laranja;
  • - aumento no relevo da marca tátil; e
  • - melhoria da definição da imagem latente e das microimpressões do reverso da cédula.
As cédulas lançadas anteriormente permanecem circulando sem restrições.
  Ambos modelos recebem a chancela Pedro S. Malan / Armínio Fraga Neto.

O valor para colecionadores segundo alguns catálogos, são:

C331' - (Pedro A. Cabral) - MBC R$ 17,00 / SOB R$ 24,00 / FE R$ 50,00.
C332 - (Pedro Álvares Cabral) - MBC R$ 17,00 / SOB R$ 35,00 / FE R$ 100,00.

  Obviamente o fator oferta e procura influenciam diretamente nisto, podendo elevar ou diminuir os valores em determinados períodos.


Mais informações: 
https://www.bcb.gov.br/
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Origem do Cifrão.

junho 10, 2017
Origem do Cifrão.
   As moedas têm uma representação gráfica geralmente constituída por duas partes: uma sigla de designação abreviada para o padrão monetário, que varia de país para país, e o cifrão, símbolo universal do dinheiro e que se origina etimologicamente do árabe cifr.
   A origem do cifrão data do ano 711, da era cristã, quando o general Táriq-ibn-Ziyád comandou a conquista da Península Ibérica, ocupada até então pelos visigodos. Existem duas versões sobre o caminho percorrido pelo general árabe. Na primeira, Táriq teria partido de Tânger, cidade de Marrocos, da qual era governador.
   Na segunda, Táriq teria saído da Arábia e passado pelo Egito, desertos do Saara e da Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. De lá, ele teria cruzado o estreito das Colunas de Hércules e chegado à Península Ibérica.
   Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em moedas comemorativas, uma linha sinuosa, em forma de “S”, representando o longo e tortuoso caminho percorrido para alcançar o continente europeu. Cortando essa linha sinuosa mandou colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, representando as Colunas de Hércules, que significavam a força, poder e a perseverança da empreitada. O símbolo, assim gravado nas moedas, se difundiu e passou a ser reconhecido mundialmente como cifrão, representação gráfica do dinheiro.
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domingo, 4 de junho de 2017

Métodos de conservação - Moedas.

junho 04, 2017
Métodos de conservação - Moedas.
   No mercado existem vários métodos de conservação e acondicionamento de uma coleção de moedas, das mais caras as mais acessíveis.

Medalheiro - Foto da internet
MEDALHEIROS

   Os medalheiros são móveis construídos em madeira ou metal com gavetas que possuem divisórias onde se encaixam as moedas. Estas divisórias são revestidas em veludo. A própria concepção dos medalheiros tem os seus poréns, sabendo-se que a oxidação resulta do contato do metal com o ar devido á presença de oxigênio, de cloretos e dióxido de enxôfre, alguns numismatas defendem que os medalheiros sejam o mais fechados possíveis evitando assim a entrada do ar, enquanto outros defendem que os medalheiros devam ter uma aeração adequada no seu interior para que as moedas possam "respirar". Existem também no mercado uma opção bastante interessante um pouco idêntica aos medalheiros que são malas normalmente em alumínio cujo interior é revestido em veludo, contendo diversos tabuleiros com divisórias, podendo o colecionador optar por tabuleiros com quantidades diversas de divisórias. Para maior proteção e melhor acondicionamento pode-se colocar as moedas em cápsulas acrílicas.



Álbum - Foto da internet

ÁLBUNS
   
   A maneira mais econômica e popular de organizar uma coleção, também nesta opção existe no mercado uma vasta quantidade de produtos que permitem ao colecionador escolher o que considere mais apropriado. Há albums e folhas de várias dimensões, em relação as folhas o colecionador pode optar pela quantidade de divisórias que mais lhe convenha. Em relação as folhas também se deve observar sua composição, pois existem muitos modelos produzidos em PVC, e com o passar do tempo esse material se decompõe liberando entre outros elementos, ácido clorídrico o que corrói as moedas que estejam em contato direto com as folhas. Recentemente alguns fabricantes já produzem folhas livres de ácidos e quase inertes.
Apesar disso, para quem possua folhas em PVC ou pretenda adquiri-las não está tudo perdido, pode se proteger as moedas colocando-as em alvéolos antes de as guardar nas folhas, o que é o mais recomendado.




Holder, envelope e bolsa - Foto da internet
ALVÉOLOS, BOLSAS E ENVELOPES.

   Os alvéolos são sem dúvida uma maneira bem simples e econômica de guardar e proteger as suas moedas.
Existem alvéolos de grampear e auto adesivos. As precauções que se aconselham a ter nestes casos são as seguintes: nos alvéolos de grampear deve-se isolar os grampos com verniz para metais ou tinta, para evitar o enferrujamento que pode por em risco a moeda que ele contenha. Nos auto adesivos fique atento se com o passar do tempo não aconteça o descolamento, perdendo assim o seu efeito protetor, outro problema que pode acontecer neste tipo de alvéolo é no caso de pretender retirar-se a moeda, se deve ficar atento caso algum resíduo de cola impregne na moeda.
As bolsas são pequenos envelopes de plástico que se fecham através de
uma pequena dobra. Tal e qual como nas folhas deve se ficar atento ao material utilizado na sua fabricação. Já os envelopes propriamente ditos são feitos em papel sendo bastante econômicos e também bastante frágeis, alguns colecionadores optam por ele para que a moeda contida adquira pátina.

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quarta-feira, 31 de maio de 2017

maio 31, 2017


Países Baixos / Netherlands – 10 Gulden 1875 (KM# 105 )
Ouro .900 ø22,5mm ρ6,73g
Conservação SOB/FC

ANVERSO
Busto do Rei Willem III
GOD ZIJ MET ONS
KONING WILLEM DE DERDE
JPMM (Engraver. J. P. M. Menger)

REVERSO
Brasão das Armas
1875 - KONINGRIJK DER NEDERLANDEN

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terça-feira, 30 de maio de 2017

Você sabia que moeda de um centavo custa mais de um centavo pra fabricar?

maio 30, 2017
Você sabia que moeda de um centavo custa mais de um centavo pra fabricar?
Imagem da Internet
   Uma moeda de um centavo tem preço de R$ 0,09 estipulado ao Banco Central. Ou seja, a fabricação de cada uma delas sai pelo preço de nove centavos de real. A esfera de cinco centavos sai por R$ 0,12 da Casa da Moeda, enquanto a de dez custa R$ 0,16. A moeda de vinte e cinco centavos quase vale o quanto pesa: sai da fábrica custando R$ 0,27.

   O Banco Central compra moedas de cinquenta centavos e de um real por R$ 0,24 e R$ 0,28, segundo contratos firmados em 2009. Para 2010, não há previsão de mudanças substanciais no preço do dinheiro. A defasagem entre o preço das moedas de até vinte e cinco centavos e o seu valor de face continua neste ano, de acordo com a Casa da Moeda.

   Mesmo sendo mais caras do que valem na carteira, as moedas são fundamentais para fazer a economia funcionar, afirma Lagoeiro, o diretor de Produção da Casa da Moeda. “É dever do Estado colocar as moedas em circulação para haver paz social”, diz. “Esporadicamente pode-se ter um senhoriagem (a razão entre custo e valor do dinheiro) negativo.”

   Segundo Lagoeiro, a Casa da Moeda tem cuidado para não agregar valor demais às moedas, para que não percam sua finalidade. “Se usássemos metais mais nobres, ou mais metais na produção, as pessoas pegariam as moedas para outra utilidade. As moedas de um centavo já foram usadas para fazer artesanato. Também tinham firmas que faziam arruelas de aço”, diz.

   A Casa da Moeda utiliza aço, cobre e estanho para produzir moedas. A quantidade de metal usado na produção depende de espessura, tamanho e material usado em cada uma. A moeda de vinte e cinco centavos leva cobre e estanho, para resultar no bronze que caracteriza sua cor.
   O fenômeno não se repete na produção de cédulas. Todas se pagam. Em média, cada cédula custa R$ 0,15.

1 centavo Custo por unidade – 10 centavos(Não mais fabricada)
5 centavos Custo por unidade – 14 centavos
10 centavos Custo por unidade – 16 centavos
25 centavos Custo por unidade – 22 centavos
50 centavos Custo por unidade – 25 centavos
R$ 1 Custo por unidade – 29 centavos
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segunda-feira, 29 de maio de 2017

A moeda mais antiga do mundo / História da moeda.

maio 29, 2017
A moeda mais antiga do mundo / História da moeda.
Foto da Internet
Inicialmente, sempre que o homem desejava algo que estava em poder de outra pessoa, ele tinha duas opções para adquiri-lo: ou roubá-lo, ou adquiri-lo por meio de troca. O sistema de troca direta, também chamado escambo, apresentava um grave inconveniente: era difícil haver uma coincidência entre a vontade do comprador e a do vendedor.

Surgiram, então, os itens que, por serem de aceitação mais ou menos generalizada entre as pessoas, passaram a ser utilizados como intermediários entre as trocas. Por exemplo: em vez de se trocar um peixe por um vaso, passou a se trocar um peixe por um item de aceitação generalizada, e então se trocava este item pelo vaso pretendido.

Esse item de aceitação generalizada, obviamente, devia ser um item valorizado por todas as pessoas, seja pela sua beleza, raridade ou utilidade. Inicialmente, foram tentadas várias espécies de produtos para essa função: conchas, sal, metais, bois, facas, discos de pedra, chaves etc. Algumas lembranças dessa época subsistem em nosso vocabulário: "salário" vem do sal que era utilizado como meio de pagamento no império romano; a atual moeda indiana "rúpia" vem do termo em sânscrito (a linguagem da antiga Índia) "rupa", que significa "gado"; "libra" vem da medida de peso usada para medir a quantidade de metal utilizada nos pagamentos etc. Na antiga Mesopotâmia, eram usados grãos de cevada como meio de troca de mercadorias por volta do ano 3000 a.C. No sul da Mesopotâmia, na região conhecida como Suméria, eram utilizadas como moeda anéis fabricados a partir de conchas. Tais anéis eram presos a um cordão e permitiam trocas de pequeno valor.
Este item de aceitação generalizada é o que denominamos atualmente "moeda".

No entanto, a moeda, em seu formato atual de disco metálico, teve uma origem um pouco mais precisa e recente. Segundo a maior parte dos estudiosos, ela surgiu no século VIII a.C., na Lídia, atualmente território turco. Na ocasião, era muito utilizado como meio de troca uma mistura metálica feita de partes iguais de ouro e prata chamada eléctron. A cada troca efetuada, era necessário efetuar a pesagem das quantidades de metal. Para agilizar este processo, a mistura de eléctron recém-fundida passou a ser dividida em pequenas porções que já eram pesadas e marcadas. Assim, a moeda, com um formato semelhante às nossas atuais moedas, não precisava mais ser pesada, pois o seu peso já estava marcado nela mesma.

Resquícios dessa época permanecem no termo atual "dinheiro", que se refere à unidade monetária da Roma antiga, o "denário". O denário ainda transparece no termo espanhol "dinero" e na unidade monetária atual dos países árabes, o "dinar". Até mesmo o nosso termo "moeda" tem origem nessa época: ele se refere ao Templo de Juno Moneta, perto do qual era cunhado o dinheiro da Roma antiga.

Os antigos imperadores romanos tinham o costume de colecionar moedas antigas. Tal costume se manteria ao longo do tempo, vindo a constituir-se no ramo científico da numismática a partir da Renascença.
Os gregos antigos, na sua época, detinham a supremacia na tecnologia de cunhagem de moedas metálicas. Os comerciantes gregos, bem como as tropas de Alexandre, o grande, levaram esta tecnologia para as regiões por eles conquistadas ou colonizadas, influenciando enormemente a cunhagem de moedas até mesmo em países longínquos como a Índia.
Há evidências de que os povos celtas da Europa utilizavam anéis de metal como moeda, prendendo-os a um cordão.
Credita-se aos chineses o início da utilização de cédulas de papel como moeda em 89 d.C. Porém o método de fabricação do papel permaneceu secreto, impedindo a difusão deste tipo de moeda.



Fonte:http://pt.wikibooks.org/wiki/História_da_moeda/Moeda_na_Idade_Antiga#cite_note-5
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A moeda menos valiosa do mundo.

maio 29, 2017
A moeda menos valiosa do mundo.
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   O centavo uzbeque é atualmente a moeda de menor valor em todo o mundo. Um tiyin equivale a R$ 0,001, ou seja, R$ 1 vale 1 mil tiyin.
No Uzbequistão é quase impossível encontrar um centavo de tiyin nas ruas. A inflação fez com que até as moedas de maior valor do Uzbequistão também fossem relegadas à história, mas, ainda assim, elas permanecem sendo adotadas no país,onde é mais comum você receber uma caixa de fósforos ou balas como troco do que uma moeda.

Um centavo britânico, o "penny", equivale a 3.038 tiyin, e US$ 0,01, a 1.999.

Trocadinho
Mas bancos centrais de muitos países em que os centavos desapareceram das ruas continuam apegados às suas ''moedinhas''. Na Tanzânia, moedas de cinco centavos, equivalentes a 320 centavos de dólar, estão definhando nos cofres do Banco Central do país ou estão perdidas pelas casas das pessoas.

''Na Tanzânia, é difícil encontrar moedas de cinco centavos em circulação porque elas literalmente não são capazes de comprar nada. O mínimo que você encontra são moedas de 20 centavos, com as quais só é possível comprar um alface no mercado atualmente'', afirma Emanuel Boaz, do Banco Central da Tanzânia.

Mas até mesmo em países com economias sólidas e moedas estáveis, como os Estados Unidos, os centavos estão passando por contratempos. A Casa da Moeda canadense parou neste mês de cunhar o centavo de sua moeda, o dólar canadense, já que ele custa mais para ser produzido do que o seu valor nominal.

''O sentido da moeda corrente é facilitar transações em dinheiro. Antigamente, o centavo cumpria essa função porque valia alguma coisa, mas não é mais o caso'', afirma Jeff Gore, presidente da entidade Cidadãos em Defesa do Fim do Centavo Americano.

Sem troco
Existe um histórico de nações que já abriram mão de seus centavos. Os Estados Unidos aboliram o meio centavo em 1857 e a Grã-Bretanha abdicou de seu meio centavo em 1984. A Nova Zelândia e a Austrália abandonaram o centavo e suas moedas de dois centavos na década de 1990.

Agora, ativistas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha estão buscando a abolição do centavo, sob o argumento de que não há mais nada que possa ser comprado com uma moeda de um centavo nos dois países.

''Há muitas pessoas que estão acostumadas a usar suas moedas porque isso já faz parte de seu patrimônio'', disse Phillip Mussell, diretor da revista Coin News Magazine.

E ainda há temores de que abolir as moedas de menor valor tiraria de muitas entidades de caridade fontes de receita.



Referências: http://universitarios-mt.blogspot.com.br/2013/04/voce-sabe-qual-e-moeda-menos-valiosa-do.html
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domingo, 28 de maio de 2017

BC importa 100 milhões de cédulas de R$ 2 e colecionador paga até R$ 4,99 por nota.

maio 28, 2017
BC importa 100 milhões de cédulas de R$ 2 e colecionador paga até R$ 4,99 por nota.
Produzir moeda no Brasil é mais caro Foto: Marcos De Paula/Estadão
Fernando Nakagawa, O Estado de S.Paulo

17 Abril 2017 | 20h27
BRASÍLIA - Dinheiro da Suécia circula livremente no Brasil desde janeiro. Não estamos falando da coroa sueca, mas do real brasileiro, especificamente das notas azuis de R$ 2. Cem milhões dessas cédulas foram importadas de uma empresa sueca e já estão na praça. Colecionadores de notas e moedas pagam até R$ 4,99 por essa novidade com sotaque diferente.
Em setembro do ano passado, o Banco Central estava preocupado com a capacidade da Casa da Moeda de imprimir dinheiro. Após uma série de problemas que foram desde a quebra de equipamentos até a descoberta de um esquema de corrupção dentro da estatal para direcionar licitações, o governo editou uma Medida Provisória que autorizou o BC a importar cédulas.
Dias depois da assinatura, o BC fechou contrato com a sueca Crane AB para fornecer 100 milhões de cédulas de R$ 2 ao custo de R$ 20,2 milhões. Sem licitação, a compra foi feita em caráter de emergência para que o BC pudesse cumprir o cronograma de suprimento de cédulas do ano passado. A MP permite a importação sempre que a Casa da Moeda atrasar a entrega de notas ou moedas contratadas em 15%.
Responsável por colocar o real em circulação, o BC defende a operação com uma explicação bem simples: o próprio dinheiro.  Mil cédulas de R$ 2 impressas nos arredores de Estocolmo custaram R$ 202,05. O valor é 17% menor que os R$ 242,73 pagos à Casa da Moeda por produzir o mesmo milheiro em Santa Cruz, no subúrbio do Rio de Janeiro.
Com o contrato assinado, as notas foram impressas, trazidas ao Brasil e começaram a circular em 18 de janeiro. Não houve anúncio da entrada dessas cédulas que são idênticas às produzidas no Brasil. A novidade, porém, causou alvoroço entre os colecionadores. Em fóruns, há debate sobre locais de aparição e as características do dinheiro. Em uma página que negocia cédulas e moedas raras, há quem ofereça até R$ 4,99 por uma cédula sueca de R$ 2.

Para identificar o real estrangeiro, basta olhar a série no verso das cédulas. Se a numeração começar com "DZ", o dinheiro foi feito na Suécia. Outra maneira é observar o canto direito onde a inscrição "Casa da Moeda do Brasil" foi substituída por "Crane AB".
Apesar de alguns pagarem ágio nas notas importadas, essas cédulas não são tão raras assim. Segundo o BC, foram produzidas 100 milhões na Suécia e atualmente circulam 948,5 milhões de notas de R$ 2 da família criada em 2010. Então, uma a cada dez cédulas azuis com a tartaruga marinha vieram de Tumba, bairro no sudoeste de Estocolmo. 

Essa não foi a primeira vez que o Brasil importou dinheiro. Em 1994, o Banco Central teve de comprar notas de fornecedores estrangeiros para a histórica operação da troca dos cruzeiros reais pelos reais. Antes disso, até a década de 1960, as cédulas brasileiras também eram impressas no exterior.

A título de informação, o leitor GOYTÁ F VILLELA JR diz:
Pesquisei sobre essa Crane AB e ela tem uma história interessante. Eu estava intrigado com esse nome inglês de uma empresa sueca, mas na verdade é uma empresa americana de mais de 200 anos de idade, que já imprimia dólares no tempo das diligências. Há alguns anos, o Banco Central sueco privatizou a Casa da Moeda de lá e a Crane comprou a operação. É ela que imprime todas as cédulas da coroa sueca. Hoje a matriz americana apenas produz o papel especial para impressão de cédulas e vende-o para Casas da Moeda (inclusive a nossa) e para outras firmas de impressão de dinheiro, e a subsidiária sueca faz serviços de impressão. O "AB" no nome é simplesmente a abreviatura em sueco para "sociedade por ações", ou seja, equivale à nossa "S.A."
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