Info Numismática Brasil

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Informação, compra, venda e troca de moedas, cédulas, medalhas antigas e atuais.

sábado, 27 de maio de 2017

Você sabe quem é a mulher estampada em nosso dinheiro?

maio 27, 2017
Você sabe quem é a mulher estampada em nosso dinheiro?
Nós lidamos com o dinheiro constantemente, todos os dias as notas vão e vem, sendo adquiridas como fruto de nosso trabalho e utilizadas na compra de bens, produtos e serviços. O dinheiro é essencial para uma nação, sendo utilizado como meio de troca na forma de moedas e notas, emitido e controlado pelo governo. 
Esta mulher esteve presente em quase todos os dias de nossas vidas e muitos de nós nem sabemos o que ela representa.
Após sucessivas trocas monetárias (réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo) o Brasil adotou o Real em 01 de julho de 1994, junto a uma grande queda nas taxas de inflação que trouxe uma estabilidade para o país.

A nossa moeda corrente foi implantada no mandato do presidente Itamar Franco, sob o comando de Fernando Henrique Cardoso, até então ministro da fazenda, eleito depois presidente da república.
Enquanto de um lado da cédula temos a estampa dos animais que homenageiam a nossa fauna, do outro temos a imagem do rosto de uma mulher “desconhecida.”

Se as cédulas representam a moeda, a economia, a política e principalmente o nosso país, por que não colocar a imagem de pessoas que revolucionaram ou contribuíram para nossa história como, por exemplo, Dom Pedro I que emancipou o Brasil?
Tudo começou a partir de um acontecimento que marcou e modificou o mundo inteiro, sendo considerado o maior acontecimento da história nos últimos 1800 anos: A Revolução Francesa.
A revolução francesa aconteceu entre 05 de maio de 1789 até 09 de novembro de 1799, durante este período muitos fatos históricos ocorreram.
De forma resumida:
Antes da revolução havia um regime absolutista, onde o rei governava através de um poder supremo fazendo com que 95% da população fosse oprimida e explorada pelos seus outros 5% (Clero e Nobreza), condenando a guilhotina ou prendendo na Bastilha aqueles que se opunham ao governo.
A França passou por períodos revolucionários que se iniciaram com a queda da bastilha em 1789 (prisão política símbolo da opressão), e chegaram até o seu ápice no ano de 1793, quando a família real francesa foi toda guilhotinada.
O fato é que o povo era oprimido e submisso, para que a revolução acontecesse era necessário incitar o povo, era necessário inspirá-los! Foi isso que aconteceu no dia em que uma nova perspectiva e um novo ideal foi lançado: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Para quem não sabe, este é o princípio básico da maçonaria. Isso mesmo, até os livros de história admitem, foram os maçons quem planejaram, inspiraram e contribuíram para a revolução francesa através de seus ideais iluministas. O povo precisava de esperança, e foi exatamente isso que a maçonaria lhes deu.
Na antiguidade era comum representar ideais, fenômenos e entidades abstratas, em deuses, deusas e personificações alegóricas, esta prática foi menos comum na idade média, mas ressurgiu durante o renascimento.
Esta mulher representa a razão, a nação, a pátria e principalmente as virtudes da república.
Historiadores dizem que a razão pela qual foi escolhida uma mulher para representar a república, foi que uma alegoria feminina simbolizava uma ruptura com o antigo regime autocrático chefiado por homens.

A origem do nome é um pouco incerta, mas muitos dizem que se trata da junção dos dois nomes femininos mais comuns na França: Mari e Anne.
A imagem de Marianne nas cédulas foi inspirada na obra “A Liberdade Guiando o Povo”, pintada em 1830 por Ferdinand Victor Eugène Delacroix. Na obra, Marianne encarna a República Francesa e representa a permanência dos Valores da República e dos cidadãos franceses.
Sendo assim, Marianne se tornou a Efígie da república. Efígie significa alegoria, ou símbolo.
Chamada por uns de “Senhora da Liberdade” e por outros de “Senhora da Maçonaria”.

Fonte:http://vedrossi.com.br/quem-e-a-mulher-estampada-em-nosso-dinheiro/
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Joaquim José da Silva Xavier ‘’Tiradentes’’ - 5 Centavos.

maio 27, 2017
Joaquim José da Silva Xavier ‘’Tiradentes’’ - 5 Centavos.
   Tiradentes (1746-1792), líder da Inconfidência Mineira e primeiro mártir da independência, Joaquim José da Silva Xavier nasceu em Minas Gerais, filho do proprietário rural português Domingos da Silva Santos. Antes mesmo de frequentar a escola, já havia aprendido a ler e escrever com a mãe. Órfão de mãe aos nove anos e de pai aos 15, ficou sob a tutela de um tio até a maioridade, quando resolveu conhecer o Brasil. Já adulto, foi tropeiro, mascate e dentista prático (daí o apelido); trabalhou em mineração e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento de Cavalaria Regular. 

   Foi na tropa que Tiradentes entrou em contato com as ideias iluministas, que o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência Mineira, a primeira revolta no Brasil Colônia a manifestar claramente sua intenção de romper laços com Portugal, marcando o início do processo de emancipação política do Brasil. A revolta foi motivada ainda pela decisão da coroa de cobrar a derrama, um dívida em atraso desde 1762. A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os seus participantes foram presos. Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte.

   Tiradentes morreu no dia 21 de abril de 1792, executado na Praça da Lampadosa (atual Praça Tiradentes) no Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado, ficando sua cabeça exposta em Vila Rica e seus membros espalhados em postes no caminho entre Minas e Rio de Janeiro.

   Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o único conspirador da Inconfidência Mineira condenado à morte pelo Estado português, que com sua punição exemplar procurava desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tornou-se mártir da Independência e da República.

"Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la."
-Tiradentes

"Esta terra há de ser um dia maior que a Nova Inglaterra!"
-Tiradentes

Tiradentes foi homenageado em Moedas, cédulas, selos e medalhas.

5 Centavos (real)

REVERSO: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.

ANVERSO: Efígie de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, condenado à forca por sua participação no movimento da Inconfidência Mineira. Sua imagem está ladeada pelo dístico Brasil e por motivos alusivos à Inconfidência Mineira - o triângulo da bandeira dos inconfidentes, sobreposto por pássaro que representa a liberdade e a paz.

CARACTERÍSTICAS
Material: cobre sobre aço
Diâmetro: 22,0 mm
Peso: 4,06 g
Espessura: 1,65 mm
Bordo: liso
Circulação: de 01/07/1998 a atual
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Moedas populares no Brasil.

maio 27, 2017
Moedas populares no Brasil.
   Em determinadas épocas, moedas de circulação comum entraram para o folclore nacional independente de seu valor intrínseco, momentos políticos ou econômicos vivenciados mas, por circunstâncias até certo ponto inusitadas que a deixaram conhecidas, através de apelidos ou denominações comuns, ganhando espaço no vocabulário popular e muitas ainda sobrevivendo aos dias de hoje, incorporadas aos dicionários e utilizadas no dia a dia ou em expressões corriqueiras.

Tostão

A origem vem das moedas italianas que tinham gravadas a cabeça (testone, em italiano) do Rei. Depois de D. Manoel I, as moedas de 100 réis de Portugal e, finalmente, no Brasil, a partir de 1834 nas moedas de 100 réis da série dos cruzados.

Hoje, o "tostão" é referência a dinheiro: "ficar sem nenhum tostão" é o mesmo que ficar sem dinheiro, ficar pobre. Ainda pode ser "pingo de chuva" (do tamanho de um tostão), "joelhada na coxa" (hematoma no tamanho de um tostão) ou até significar "um pouquinho" de alguma coisa.

Vintém

Nome dado às moedas de 20 réis (do arcaico vinteno: vigésima parte, no caso, do cruzado), tanto em Portugal como aqui no Brasil. A princípio, denominava-se as moedas de prata e depois, quando a denominação ficou mais popular, as moedas de cobre e, mais adiante, as de bronze.

Já o vintém de ouro era uma medida de peso: a 32ª. parte de uma oitava de ouro, cerca de 0,112g, equivalente a 37,5 réis. Nos períodos de 1818 a 1821 e de 1823 a 1828, foram produzidas moedas de cobre no valor de 37 ½ réis que ficaram conhecidas como vintém de ouro. 1 oitava de ouro = 1 dracma = 3,584g.

"Sem vintém" é o mesmo que "sem dinheiro". "Dandar para ganhar vintém", expressão em Macunaína, de Mário de Andrade, é utilizada como um estímulo para a criança que está começando a andar.

O quatrocentão

Moedas de cuproníquel de 400 réis, muito produzidas e populares entre 1918 e 1935 com seus 3 cm de diâmetro. Nas chuvas de verão, os primeiros e grandes pingos de chuva eram popularmente chamados de "quatrocentões" em alusão ao tamanho da moeda.

Centavinho

Inócua moeda de 1 centavo de cruzeiro produzida entre 1979 e 1983, de valor totalmente irrisório dada a inflação da época, tinha mais valor sentimental do que real.

Mil-réis

Antiga moeda portuguesa e brasileira que em consequência de acentuada desvalorização dos réis, passou a constituir unidade monetária desses dois países. Em Portugal até 1911 quando foi substituída pelo escudo e, no Brasil, até 1942, com a introdução do cruzeiro. Pronunciada "merréis", virou sinônimo de dinheiro: "me dá alguns merréis!".

Já popularmente adotada como unidade monetária brasileira, o mil-réis foi oficializado em 08.10.1833 através da Lei 59, assinada no 2°. Império, pela Regência Trina durante a menoridade de D.Pedro II. Essa Lei reorganizou, sob vários aspectos, o Sistema Monetário Brasileiro. Mil-réis passou a designar a unidade monetária e réis os valores divisionários. Na mesma época ficou conhecido o conto de réis, tratando-se do montante equivalente a 1 milhão de réis, ou mil mil-réis.

Níquel

Designação comum às moedas feitas com esse metal como parte de liga com outros metais. A denominação foi originada nas moedas brasileiras feitas de cuproníquel (liga formada de cobre e níquel) entre 1918 e 1935, sendo que níquel puro, somente foram vistas em moedas em 1967, 1970 e 1972. No entanto, essa liga cuproníquel já era utilizada no Brasil desde 1871.

As máquinas "caça-níqueis" ganharam esse nome pois eram movidas com a introdução de uma moeda, na época, moedas de níqueis mas, as americanas. No Brasil, é sinônimo de dinheiro: "não investi um níquel sequer!", não foi gasto nada para se atingir o objetivo.

Nicolau

A partir de 1871, o Brasil começou a produzir moedas de uma liga metálica de cobre e níquel - o cuproníquel - que por comodidade, foi mencionada como se fosse apenas de níquel. De "níquel" para "nicolau" foi só um instante dada a facilidade de os brasileiros apelidarem seja lá o que for.

Pataca

Moeda portuguesa de prata, com o valor circulatório de 320 réis, emitida até o século XIX. O nome originou-se das patacas mexicanas (8 reais mexicanos). As patacas foram as moedas que por mais tempo circularam no Brasil. A série era composta por moedas de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis. O valor de 320 réis – pataca – deu nome à série de patacas.

Meia-pataca

A moeda de 160 réis, da série de patacas, está na origem da expressão popular de meia-pataca (320 réis = 1 pataca; 160 réis = 1/2 pataca), que designa alguma coisa de pouco valor ou de má qualidade. "Isso não vale meia-pataca!" corresponde a "isso não vale nada!".

Patacão

Em Portugal, era a moeda portuguesa de cobre de 10 réis, de D. João III. No Brasil, ficou muito popular esse nome para as moedas de 960 réis, inicialmente cunhadas sobre moedas de 8 reales das colônias e posteriormente produzidas oficialmente pelas Casas da Moeda do Rio de Janeiro e da Bahia entre 1810 e 1834. 960 réis são 3 patacas, um verdadeiro patacão. No Rio Grande do Sul, os colecionadores chamam de patacão à moeda de 2$000, do Império.

Voando para o Mangue

Essa denominação é conhecida somente pelos cariocas. A última moeda de prata, de circulação comum, homenageia Santos Dumont com uma asa emplumada aberta pronta para voar.

Dobrão

Em filmes de piratas é comum mencionar tesouros abarrotados de dobrões de ouro. Navios espanhóis, carregados de ouro, eram afundados pelos piratas que roubavam a carga e enterravam as arcas repletas de moedas de ouro em ilhas desertas. O acesso ao tesouro só era possível tendo-se em mão o "mapa do tesouro" onde o X indicava sua localização.

No Brasil, foi cunhado inicialmente pela Casa da Moeda de Vila Rica, de Minas Gerais, entre 1724 e 1727, pesava cerca de 54 gramas de ouro puro. De valor facial de 20.000 réis, o valor real podia chegar a 24.000 réis. Foi a moeda de maior valor em circulação na sua época e representou a abundância de ouro de Minas Gerais.



Fonte:http://www.moedasdobrasil.com.br/

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Falsas moedas de cobre - Império.

maio 27, 2017
Falsas moedas de cobre - Império.
Publicado pela Sociedade de Numismática Paranaense
Boletim nº 51 outubro 2012

Observando as imagens das moedas acima, notamos que se tratam de duas moedas falsas de cobre por seu desenho das letras mal feito e pela confecção grosseira em geral. Têm letras de tamanho irregulares e mal posicionadas, bordos também irregulares, enfim moedas grosseiras e feias.

Ao numismata em geral e em particular ao colecionador de moedas de cobre, algumas perguntas vêm logo à mente.

• Por que existiu tanta moeda falsa de cobre no meio circulante daquela época de Brasil Colonial e Primeiro Império?

• Quais as causas que levaram a tal situação?

• Por que as autoridades responsáveis não coibiram tal prática logo no seu início? Por que eram aceitas no comércio e nas repartições públicas, para pagamentos e recebimentos?

Esse tema já foi tratado por vários autores e muitos trabalhos publicados. Porém, pesquisando estas fontes, tentarei neste artigo resumir o que de mais importante encontrei sobre o assunto, de maneira que a leitura seja breve, agradável, e contribua para aumentar o conhecimento dos que se iniciam no conhecimento numismático destas moedas.

Fatores que determinaram ou contribuíram para que tudo isso acontecesse:
- Retorno de D. João VI, e sua corte, para Portugal.
- Proclamação da Independência do Brasil, e a resistência de tropas leais a Portugal.
- Dificuldades financeiras no início do Reinado de D. Pedro I após a Independência.
- Excessiva emissão de moedas de cobre, mal feitas e abaixo do padrão legal.
- Baixa credibilidade e aceitação dos papeis emitidos pelo Banco do Brasil da época.
- Desleixo e conivência das autoridades responsáveis da época.

Quando do retorno de Don João VI, e sua corte para Portugal, estes levaram consigo todo o ouro e prata depositados no então Banco do Brasil. Os que estavam de partida vendiam suas propriedades e bens que não poderiam levar e, resgatavam suas economias junto ao banco, trocando tudo por ouro e prata, deixando a Primeiro Banco do Brasil praticamente falido.

Don Pedro, que aqui ficou como Regente, para amenizar tal crise financeira, ordenou a emissão de excessiva quantidade de moedas cobre, pois era o único metal que dispunha e que poderia ser amoedado. Para este fim, chegou até a utilizar aparas de chapas de cobre que se encontravam no Mistério da Marinha.

Para agravar ainda mais esta situação, sua autoridade como Príncipe Regente, foi abalada com a retirada, de diversas de suas atribuições e poderes, pelo novo governo estabelecido em Portugal, bem como o comando das tropas portuguesas que aqui permaneceram.

Don Pedro assim assediado por tantas agruras foi aconselhado por sua esposa e diversos ministros, a se desvincular da autoridade de Portugal e proclamou a Independência do Brasil.

Logo após a Proclamação da Independência, nem todas as Províncias do Brasil aderiram a este ato, principalmente as Províncias do Norte, onde predominava nas administrações os portugueses que queriam permanecer fiéis ao governo de Portugal. Em particular na Cidade do Salvador - Bahia, que tinha uma esquadra portuguesa permanentemente estacionada sob o comando do Brigadeiro Madeira de Mello.

Os brasileiros natos e patriotas retiram-se para a Vila da Cachoeira, situada no interior do recôncavo Baiano e organizaram suas defesas. Criaram uma administração própria, inclusive com a transferência da Casa da Moeda da Bahia, quando então, em caráter de emergência e provisoriamente, foram cunhadas as conhecidas moedas LXXX da Vila da Cachoeira. Até a expulsão das tropas portuguesas estas moedas foram usadas no pagamento dos soldos e custeio do Exercito Pacificador.

Pessoas egoístas e mal intencionadas (falsários), se aproveitaram deste período de incertezas e do descontrole da excessiva quantidade de moedas de cobre legais, mas de baixa qualidade, para, também, porem as moedas falsas em circulação. Admite-se que os falsários contavam, às vezes, com o desleixo e conivência de algumas autoridades e comerciantes corruptos. Pois, para a confecção de moedas falsas, eram necessárias qualificação e experiência, bem como substanciais recursos financeiros para a preparação dos cunhos e aquisição de ferramentas e chapas de cobre e talvez algum suborno. Já antes, se falsificavam moedas de cobre no Brasil, porém, entre os anos de 1823 e 1829, foi o período mais crítico e intenso desta atividade criminosa.

Era muito comum, na maioria das Províncias do Norte e Nordeste o uso das chapas de cobre, importadas da Inglaterra, ser utilizadas com a finalidade de revestimento de cascos de barcos e navios ou também para a confecção de caldeiras de engenho para a transformação de caldo de cana em açúcar. A facilidade de acesso a esse material, bem como a emissão excessiva e baixa qualidade das moedas colocadas em circulação pelo próprio governo, tornou a atividade dos falsários em um delito muito vantajoso e de baixo risco.

O valor intrínseco (valor do metal de cobre) era 3 vezes inferior ao valor facial da moeda. Esta diferença aumentava muito o lucro da falsificação. Com uma libra peso de chapas de cobre que adquirida por 18 vinténs (360 réis), era possível se fabricar 2$000 de réis em cobre amoedado, gerando, portanto, um lucro de 1$640 (mil seiscentos e quarenta réis).

A falsificação de moedas era uma situação tão crítica que o governo da Província da Bahia, comunicou à corte do Rio de Janeiro que a proporção de moedas falsas era de 2/3 do meio circulante no comércio local, o que obrigava as próprias repartições públicas a aceitarem tais moedas, pois a recusa das mesmas causaria um colapso total no pequeno comércio, tipo gêneros alimentícios e de sobrevivência, o que afetaria principalmente as pessoas mais pobres e que eram, neste processo de fraudes e corrupção, as que menos tinham culpa.

Seria menos oneroso e mais socialmente justo que o Governo Imperial optasse por substituir as moedas falsas por moedas verdadeiras e a emissão de cédulas de resgate, o que foi iniciado em 1829 e que são conhecidas pelos numismatas como o troco do cobre. Porém, os lucros com a falsificação continuavam tão vantajosos para os falsários e o risco tão baixo que as falsificações continuaram a se disseminarem por outras províncias do império.

Entre 1833 e 1835 novas leis foram aprovadas e as moedas de cobre foram carimbadas com os conhecidos Carimbos Gerais, reduzindo seus valores pela metade nas moedas cunhadas na Bahia e Rio de Janeiro e, a um quarto do valor as das Províncias do Interior (Goiás, Minas e Cuiabá). Diminuindo assim o lucro e o estímulo dos falsários em tal atividade. Porém, a extinção definitiva desta prática só cessou mesmo com o termino da fabricação das moedas de cobre, que foram substituídas pela cunhagem de novas moedas de bronze e níquel, já no Segundo Império com Don Pedro II.

Sem dúvidas, moedas de cobre são as que têm mais história. Colecionando estas moedas e estudando estes episódios enriquecemos nossos conhecimentos sobre a história do Brasil.

Referências Bibliográficas:
PROBER, Kurt. Catálogo das Moedas Brasileiras de Cobre. Volume IX, 1957
PROBER, Kurt. Moedas Falsas e Falsificadas do Brasil, 1946
C. Amato, I. Neves, A. Russo. Livro das Moedas do Brasil - 12ª Edição. São Paulo, 2008
CAFARELLI, Eugenio Vergara. As Moedas do Brasil, 1922
CAVALCANTI, Amaro. O Meio Circulante Nacional - Editora Universidade Brasília, 1983
TRENTTIN, Alexander: O Derrame de Moedas Falsas de Cobre na Bahia - Universidade Federal da Bahia, 2010

Retirado do Site :http://www.brasilmoedas.com.br/
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Pedro Álvares Cabral - 1 Centavo.

maio 27, 2017
Pedro Álvares Cabral - 1 Centavo.
   Pedro Álvares Cabral fazia parte da tradicional e abastada família portuguesa. Sabe-se que possivelmente nasceu em 1467, no Castelo de Belmonte, em Beira Baixa. Naquele período o comércio terrestre de Portugal passava por um período bastante ruim, fato que o impedia de expandir-se pela Espanha (país inimigo de Portugal). Diante disso, o rei acreditou a que única solução seria o mar.

   Devido à crise econômica do séc. XIV, a Europa precisava romper com as barreiras do feudalismo, para que, assim, pudesse aumentar seus horizontes através de novas conquistas. Para isso, teria que primeiro vencer o medo que dominava a cabeça dos navegantes, que acreditavam que terríveis monstros habitavam os oceanos. A partir daí, seria possível chegar às índias, e comercializar diretamente os produtos que eram muito valorizados na época (especiarias e tecidos finos). Por fim, em 1498, Vasco da Gama conseguiu o feito de chegar nas Índias.
   No mês março, do ano de 1500, o rei de Portugal (D.Manuel I) deu Cabral a missão de liderar a segunda expedição comercial a caminho das Índias. Desta, fez parte uma grandiosa esquadra, composta por 13 navios, com mais de mil homens.

   Em seu caminho às índias, Cabral, desviou-se do rumo e, neste novo percurso, avistou, em 22 de abril, a terra que foi primeiramente chamada de Monte Pascoal, situada nas costas da Bahia.

   Após os portugueses terem o conhecimento desta nova terra, eles a tomaram como propriedade. A princípio, eles não deram muita importância a esta nova descoberta, pois, o que mais lhes interessava naquele momento era o comércio com o oriente.
Mais tarde, Cabral teve problemas com D. Manuel, e, por esta razão, abandou a corte e também as expedições marinhas.

   Pedro Álvares Cabral faleceu em Santarém, Portugal, no ano de 1520. Seu corpo foi sepultado na Igreja da Graça.

   Morreu sem ter tido a chance de reconhecer a grandeza de seu feito.

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CARACTERÍSTICAS
Material: cobre sobre aço
Diâmetro: 17,0 mm
Peso: 2,43 g
Espessura: 1,65 mm
Bordo: liso

REVERSO: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavo e o correspondente ao ano de cunhagem.

ANVERSO: Efígie de Pedro Álvares Cabral - navegador português que, em 22 de abril de 1500, descobriu o Brasil -, ladeada por nau, simbolizando as navegações portuguesas.

Ano Produção
1998 185.250.000
1999 104.874.000
2000 88.256.000
2001 242.924.000
2002 161.824.000
2003 250.000.000
2004 167.232.000

Fontes: http://www.moedasdobrasil.com.br/
Foto:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=647334931952429&set=pb.160629370622990.-2207520000.1388438539.&type=3&theater
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Moeda comemorativa do centenário de Carlos Drummond de Andrade.

maio 27, 2017
Moeda comemorativa do centenário de Carlos Drummond de Andrade.
Acervo próprio
O escritor Carlos Drummond de Andrade ocupa lugar de destaque na literatura nacional, à qual legou uma obra de valor inestimável, marcada pela relevância intelectual e riqueza humana. Nascido em Itabira, Minas Gerais, Drummond se consagrou por meio de uma vitoriosa carreira literária, somente interrompida em 1987, com seu falecimento aos 84 anos. A obra de Drummond constitui parte importante do acervo cultural brasileiro, e segue ocupando papel significativo na vida cultural do país. Em face do seu alcance universal, a poesia de Drummond é também veículo de difusão da cultura nacional no exterior, já que o escritor tem livros publicados em diversas línguas.

Valor facial: 20 Reais
Peso: 8g
Composição básica: Ouro 900
Diâmetro: 22mm
Borda: Serrilhada
Método de cunhagem: "proof"
Concepção e projeto: Banco Central do Brasil e Casa da Moeda do Brasil
Criação e modelagem: Luciano Dias de Araújo e Katia Dias
Fabricação: Casa da Moeda do Brasil
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